Reimplante de mão e dedo mínimo

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Walter Yoshinori Fukushima
Gustavo Ruggiero Mantovani
Álvaro Baik Cho
Rodrigo Octávio Rodrigues
Márcio Aurélio Aita
Luciana Saab
Maurício Morita Sugyama

Resumo

As amputações traumáticas de membros representam grande mutilação para o ser humano. O reimplante do membro é uma possibilidade terapêutica e a outra é a regularização do coto de amputação. Objetivo: Apresentar o resultado clínico e funcional observado neste reimplante. Discutiremos os pontos mais críticos destas lesões, as dificuldades, vantagens e riscos. Relato de caso: Paciente de 25 anos decepou o dedo mínimo e a mão esquerda em uma prensa gráfica e foi submetido ao reimplante. O reimplante teve como objetivo reconstruir a mão e restabelecer a função. O tempo de isquemia foi de 5 h, a fixação realizada com fios de Kirschner e a reabilitação iniciada na terceira semana. Comentários: O nível de amputação ocorrido, mão esquerda com acometimento do dedo mínimo é sem dúvida de maior complexidade, devido ao número de estruturas comprometidas e que necessita da reconstrução. Os resultados funcionais têm sido melhores, quanto maior o número de estruturas reparadas primariamente, sem comprometer as anastomoses vasculares que são as estruturas mais delicadas. O resultado clínico do DASH após três meses foi 40. O paciente encontra-se em recuperação, acreditamos que este reimplante foi muito importante na vida do paciente. Demonstramos organização, estrutura interna compatível para a realização de cirurgia com alta complexidade e a notoriedade foi por ter sido o primeiro reimplante de mão e dedo com sucesso na região do Grande ABC.

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Referências

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