Avaliação da flora bacteriana dos fones de ouvido de telefones públicos e hospitalares de Marília

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Osmar Clayton Person
Arlete de França Lopes
José Carlos Nardi
Alfredo Rafael Dell’Aringa
Ioshie Ibara Tanaka

Resumo

Introdução: os aparelhos de telefone são bastante manipulados por profissionais em ambientes de trabalho ou pela população quando alocados na comunidade. Considerando que a pele humana é provida de uma microbiota típica e a manipulação de quaisquer objetos pode dinamizar o deslocamento de microrganismos, os aparelhos de telefone podem servir como nicho na transmissão desses agentes. Assim, objetivou-se avaliar se há diferença nas espécies bacterianas presentes nos fones de ouvido dos aparelhos de telefone públicos e hospitalares de Marília (São Paulo, Brasil). Material e métodos: foram coletados esfregaços dos fones de ouvido de 52 aparelhos telefônicos de Marília, sendo 32 comunitários e 20 alocados no Hospital das Clínicas de Marília. O material foi colhido com swab estéril e transportado em meio BHI (infusão de cérebro e coração) ao Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Medicina de Marília, que procedeu à realização de cultura e identificação das espécies bacterianas. Resultados: em todas as amostras foram encontradas bactérias; nos aparelhos comunitários houve predomínio de Staphylococcus coagulase negativa (40%), Staphylococcus aureus (27,5%), Corynebacterium sp. (22,5%), Bacillus sp. (5%), Enterococcus faecalis (2,5%) e Enterobacter aglomerans (2,5%). Nas amostras hospitalares foram encontradas  Pseudomonas aeruginosa (26,7%), Staphylococcus aureus (26,7%), Staphylococcus coagulase negativa (20%), Corynebacterium sp. (20%) e Enterobacter sp. (6,6%). Conclusão: a flora bacteriana presente nos fones de ouvidos dos aparelhos de telefone de Marília é distinta, quando se comparam telefones públicos e hospitalares.

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