Doença do refluxo gastroesofágico: uma afecção crônica

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Ethel Zimberg Chehter

Resumo

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) pode ser definida como “uma afecção crônica decorrente do refluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago ou órgãos adjacentes a ele, acarretando um espectro variável de sintomas e/ou sinais esofagianos e/ou extra-esofagianos, associados ou não a lesões teciduais”. É uma afecção prevalente, porém subestimada, no entanto pode comprometer sobremaneira a qualidade de vida do paciente. Sua etiologia e patogenia são multifatoriais, porém depende essencialmente da integridade da barreira anti-refluxo, com seus componentes anatômicos e funcionais. Um dos fatores que mais se destaca nesta doença é o distúrbio do esfíncter inferior do esôfago (EIE). O diagnóstico de certeza é feito através da pHmetria de 24 horas, sendo a endoscopia digestiva alta muito utilizada na avaliação da gravidade da doença, assim como no diagnóstico de erosões, úlceras, sangramentos e complicações (esôfago de Barrett), e a realização de biópsia (histologia), que permite, em alguns casos, a terapêutica. O tratamento visa ao alívio dos sintomas, cicatrização das lesões e a prevenção de recidivas e complicações. Para isso é utilizado o tratamento clínico, com as medidas comportamentais e o farmacológico, e em algumas situações bem definidas é realizado tratamento cirúrgico e, num futuro próximo, o tratamento endoscópico.

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Referências

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