Aspectos pessoais, sociais e ambientais envolvidos na manipulação de resíduos sólidos de serviços de saúde pela equipe de enfermagem

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Loide Corina Chaves

Resumo

Estudo quantitativo de caráter descritivo e retrospectivo, realizado em 1997 em três hospitais particulares da cidade de São Paulo, teve como objetivo investigar a aplicação das precauções universais (atualmente precauções-padrão) pelos componentes da equipe de enfermagem na prevenção do HIV e de outros patógenos veiculados pelo sangue, bem como identificar e analisar as justificativas relatadas por esses profissionais relativas aos cuidados na manipulação e à disposição dos resíduos de serviços de saúde (RSS). A amostra constituiu-se de 26 enfermeiros, 8 técnicos de enfermagem e 56 auxiliares de enfermagem que prestavam assistência direta ao paciente e 3 responsáveis pelo gerenciamento dos RSS de cada hospital pesquisado. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram um formulário e um questionário. A utilização das precauções universais conforme 96,2% dos enfermeiros, 100,0% dos técnicos e 96,4% dos auxiliares de enfermagem era prática de rotina seguida pelo hospital no qual trabalhavam. Nas justificativas apresentadas por esses profissionais quanto à utilização dessas precauções, observou-se que 23,1% das respostas dos enfermeiros e 21,4% das respostas dos auxiliares de enfermagem referiram-se à proteção pessoal e de terceiros e 25,0% das respostas dos técnicos de enfermagem para a segurança dos profissionais de saúde. Quanto ao risco que os materiais perfurocortantes acondicionados inadequadamente podem causar ao meio ambiente, 31,8% das respostas dos enfermeiros referiram que esses materiais poderiam ser utilizados por pessoas que manipulam o lixo nos lixões e 30,8% e 30,6% das respostas dos técnicos e auxiliares de enfermagem respectivamente referiram que esses materiais poderiam propiciar a multiplicação de microrganismos no meio ambiente. Com relação ao risco que esses materiais acondicionados inadequadamente podem causar à saúde humana, 32,9%, 32,0% e 34,3% das respostas dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, respectivamente, assinalaram que poderiam possibilitar a contaminação e o risco de vida às pessoas que manipulam tais materiais. O sistema de gerenciamento para os RSS dos três hospitais estava bem organizado e atuante.

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