Neoplasias endócrinas múltiplas: papel da genética na gênese das proliferações celulares

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Patricia Tascher Goldenstein
Guilherme Tommasi Kappaz
Renata Alves Pachota Chaves Silva
Sabrina Bortolin Nery
Sônia Hix

Resumo

As síndromes de Neoplasias Endócrinas Múltiplas (NEM) são desordens de padrão autossômico dominante, caracterizadas pela ocorrência concomitante de múltiplas neoplasias comprometendo o sistema endócrino. A NEM tipo 1 se caracteriza por um fenótipo clínico que inclui comprometimento das paratireóides, pâncreas e hipófise. A alteração genética relacionada a esta síndrome foi mapeada no cromossomo 11q13 e o gene identificado como MEN1. A proteína codificada pelo gene MEN1 é denominada menin e, ligando-se ao fator de transcrição JunD, apresenta função de supressão tumoral. Mutações do gene MEN1 resultam na perda da função da proteína menin, levando à perda de controle da proliferação de células neuro-endócrinas. A NEM tipo 2 é subdividida em NEM2A e NEM2B. A NEM2A é caracterizada pela presença de carcinoma medular de tireóide (CMT), hiperparatireoidismo e feocromocitoma. Indivíduos com NEM2B apresentam carcinoma medular de tireóide e feocromocitoma, acompanhados por neuromas ou ganglioneuromas evidentes. O mecanismo de desenvolvimento das neoplasias na NEM2 difere da maioria dos outros mecanismos de carcinogênese, já que está relacionado a diferentes mutações no proto-oncogene RET. O proto-oncogene RET é um importante controlador da mitose e apoptose, e quando ativado, desencadeia uma cascata de sinalizações que culmina na tumorigênese.

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