A nova lei dos transplantes: a percepção de populares e de religiosos
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Resumo
A nova lei dos transplantes, sancionada em 1997, trouxe grandes mudanças na forma de doaçäo de órgäos, transformando todos os brasileiros maiores de 21 anos em doadores, a menos que se manifestem contra em documento de identidade ou habilitaçäo. Isto tem gerado grande polêmica sobre a liberdade de escolha, utilizaçäoadequada de tecidos e órgäos e conceito de morte encefálica. Era a impressäo geral que a populaçäo näo estaria bem informada a respeito da nova lei e que as religiöes seriam contra a doaçäo de órgäos. Este estudo teve como objetivos verificar a compreensäo da populaçäo e dos dirigentes das principais religiöes frenteà nova lei, definindo o perfil da populaçäo, verificando a influência das religiöes na anuência da lei assim como o impacto dos conceitos religiosos na aceitaçäo dos transplantes. Para isto foi aplicado um questionário para 150 membros da comunidade, escolhidos ao acaso em um shopping center do Grande ABC e outro para dirigentes das seguintes religiöes. Adventista do 7 dia, Católica Apostólica Ortodoxa, Católica Apostólica Romana, Episcopal Anglicana, Espírita kardexista, Judaica, Luterana do Brasil, Presbiteriana, Testemunhas de Jeová e Universal do Reino de Deus. Todas as religiöes se mostraram favoráveis à nova lei exceto a Adventista, que tinha restriçöes. Apenas a Luterana, a Presbiteriana, a Espírita e a Testemunha de Jeová divulgavam o assunto em cultos. Em conclusäo, a maioria da populaçäo é favorável à nova lei e doaria seus órgäos independentemente da mesma; os dirigentes religiosos näo influenciam a opiniäo dos fiéis e a nova lei näo vai alterar, a curto prazo, a situaçäo dos transplantes no Brasil porque o problema é mais amplo, incluindo a falta de infra estrutura, integraçäo e verbas do Sistema de Saúde.
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