Tratamento cirúrgico das complicações da doença hepática alcoólica

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Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque
Tércio Genzini
Dov Charles Goldenberg
Ana Maria Betim Paes Leme
Marcelo Perosa de Miranda
Ana Claudia de Lima Quintana
Ariel Gustavo Scafuri
Ana Paula Zuccato

Resumo

O sangramento por varizes de esôfago (VE) rotas e a ascite clinicamente intratável constituem complicaçöes graves da hepatopatia crônica alcoólica. Neste estudo, objetivou-se avaliar 33 pacientes cirróticos alcoólatras portadores de tais complicaçöes, sendo 18 submetidos à anastomose espleno-renal distal (AERD) por sangramento de VE rotas (Grupo I) e 15 submetidos à derivaçäo peritôneo-venosa por válvula de LeVeen (VLV) devido à ascite clinicamente intratável (Grupo II). O Grupo I inclui 4 pacientes Child A, 5-B e 4-C, além de 5 portadores de esquistossomose mansônica (EM) associada a alcoolismo. O Grupo II foi constituído de 7 pacientes Child B e 8-C. Concluímos que: 1) A AFRD näo deve ser empregada em pacientes Child C; 2) A AERD representa boa alternativa cirúrgica para os cirróticos Child A e portadores de EM; 3) A dificuldade técnica na realizaçäo da AERD é seguida de alta morbidade e mortalidade, devendo-se, nestas situaçöes, utilizar-se de outras opçöes cirúrgicas; 4) O implante da VLV, quando bem indicado, oferece melhor qualidade de vida ao cirrótico alcoólatra com ascite; 5) Com a perfeita padronizaçäo técnica, os riscos operatórios säo mínimos, sendo a mortalidade pós-operatória geralmente conseqüência da evoluçäo natural da doença.

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