Ruptura prematura de membranas pré-termo: conduta entre 28 e 34 semanas de gestação
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Resumo
Introdução: A ruptura prematura de membranas continua a ser um desafio para os profissionais devido às altas taxas de morbimortalidade materna e neonatal, relacionada principalmente às complicações decorrentes da prematuridade. Objetivo: Analisar a produção científica acerca das evidências frente a ruptura prematura de membranas em gestações acima de 28 semanas e abaixo de 34 semanas. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Lilacs, SciELO, Medline e Cochrane Library, entre 2014-2018, em português, inglês e espanhol, incluídos artigos originais, disponíveis completos online, com acesso livre, que abordassem a temática do estudo, utilizando os descritores “ruptura prematura de membranas ovulares”, “trabalho de parto prematuro” e “complicações na gravidez” combinados por meio dos operadores booleanos “AND” e “OR”. Resultados: Foram incluídos 14 estudos, nos quais foi possível evidenciar as principais recomendações frente a ruptura prematura de membranas fetais pré-termo, divididos em seis categorias para discussão, sendo elas: indicações para o manejo expectante e indução do parto, antibioticoterapia profilática, corticosteroides pré-natais, uso de tocolíticos, recomendações quanto ao uso de sulfato de magnésio e realização de amniocentese. Conclusão: O estudo possibilitou identificar que o manejo expectante é a conduta ideal, com monitorização constante da gestante e do feto, além da administração de antibióticos profiláticos e corticosteroides pré-natais, frente a ruptura prematura de membranas em gestações entre 28 e 34 semanas a fim de proporcionar os melhores resultados maternos e perinatais, guiando os profissionais da saúde para uma prática baseada em evidências.
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