Ruptura prematura de membranas pré-termo: conduta entre 28 e 34 semanas de gestação

Conteúdo do artigo principal

Isabela Cason
Chayene Aguiar Rocha
Rosely Erlach Goldman

Resumo

Introdução: A ruptura prematura de membranas continua a ser um desafio para os profissionais devido às altas taxas de morbimortalidade materna e neonatal, relacionada principalmente às complicações decorrentes da prematuridade. Objetivo: Analisar a produção científica acerca das evidências frente a ruptura prematura de membranas em gestações acima de 28 semanas e abaixo de 34 semanas. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Lilacs, SciELO, Medline e Cochrane Library, entre 2014-2018, em português, inglês e espanhol, incluídos artigos originais, disponíveis completos online, com acesso livre, que abordassem a temática do estudo, utilizando os descritores “ruptura prematura de membranas ovulares”, “trabalho de parto prematuro” e “complicações na gravidez” combinados por meio dos operadores booleanos “AND” e “OR”. Resultados: Foram incluídos 14 estudos, nos quais foi possível evidenciar as principais recomendações frente a ruptura prematura de membranas fetais pré-termo, divididos em seis categorias para discussão, sendo elas: indicações para o manejo expectante e indução do parto, antibioticoterapia profilática, corticosteroides pré-natais, uso de tocolíticos, recomendações quanto ao uso de sulfato de magnésio e realização de amniocentese. Conclusão: O estudo possibilitou identificar que o manejo expectante é a conduta ideal, com monitorização constante da gestante e do feto, além da administração de antibióticos profiláticos e corticosteroides pré-natais, frente a ruptura prematura de membranas em gestações entre 28 e 34 semanas a fim de proporcionar os melhores resultados maternos e perinatais, guiando os profissionais da saúde para uma prática baseada em evidências.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Cason, I., Rocha, C. A., & Goldman, R. E. (2021). Ruptura prematura de membranas pré-termo: conduta entre 28 e 34 semanas de gestação. ABCS Health Sciences, 46, e021309. https://doi.org/10.7322/abcshs.2020149.1600
Seção
Artigos de Revisão
Biografia do Autor

Isabela Cason, Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – São Paulo (SP), Brasil

Enfermeira graduada pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. São Paulo – Brasil.

Chayene Aguiar Rocha, Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – São Paulo (SP), Brasil

Enfermeira graduada pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. São Paulo – Brasil.

Rosely Erlach Goldman, Departamento de Enfermagem na Saúde da Mulher, Escola Paulista de Enfermagem, UNIFESP – São Paulo (SP), Brasil

Enfermeira Obstetra, Pós-Doutorado pela Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo e Professora associada da Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo – Brasil.

Referências

Galletta MAK. Rotura prematura das membranas ovulares: protocolo clínico. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 2018.

Committee on Practice Bulletins-Obstetrics. ACOG Practice Bulletin No. 188: Prelabor Rupture of Membranes. Obstetr Gynecol. 2018;131(1). http://doi.org/10.1097/AOG.0000000000002455

Téllez DA, Ramírez S, Parada NS, Fernández-Niño JA. Inducción del parto versus manejo expectante en ruptura prematura de membranas pretérmino: revisión sistemática y metanálisis. Rev Univ Ind Santander Salud. 2017;49(1):45-55. http://dx.doi.org/10.18273/revsal.v49n1-2017005

Universidad Nacional de Colombia. Guía de práctica clínica para la prevención, detección temprana y tratamiento de las complicaciones del embarazo, parto y puerperio: sección 3. Infecciones en el embarazo: ruptura prematura de membranas (RPM). Rev Colombiana Obstetr Ginecol. 2015;66(4):263. http://dx.doi.org/10.18597/rcog.293

Crowley AE, Grivell RM, Dodd JM. Sealing procedures for preterm prelabour rupture of membranes. Cochrane Database Syst Rev. 2016;7(7):CD010218. http://doi.org/10.1002/14651858.CD010218.pub2

Crizostomo CD, Barros BBA, Luz DS. O perfil das mulheres com amniorrexe prematura em uma maternidade da rede pública estadual. Rev Interdiscipl. 2016;9(1):135-42.

Eleje GU, Ezugwu EC, Eke AC, Ikechebelu JI, Ezeama CO, Ezebialu IU, et al. Accuracy and response time of dual biomarker model of insulin-like growth factor binding protein- 1/alpha fetoprotein (Amnioquick duo+) in comparison to placental alpha-microglobulin-1 test in diagnosis of premature rupture of membranes. J Obstet Gynaecol Res. 2017;43(5):825-33. http://doi.org/10.1111/jog.13296

Packard RE, Mackeen AD. Labor induction in the patient with preterm premature rupture of membranes. Seminars Perinatol. 2015;39(6):495-500. https://doi.org/10.1053/j.semperi.2015.07.015

Santos CMC, Pimenta CAM, Nobre MRC. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Rev Latino-Am Enfermagem. 2007;15(3):508-11. https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000300023

Pasquier JC, Claris O, Rabilloud M, Ecochard R, Picaud JC, Moret S, et al. Intentional early delivery versus expectant management for preterm premature rupture of membranes at 28–32 weeks’ gestation: A multicentre randomized controlled trial (Micado Study). Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2019;233:30-7. http://doi.org/10.1016/j.ejogrb.2018.11.024

Bond DM, Middleton P, Levett KM, van der Ham DP, Crowther CA, Buchanan SL, et al. Planned early birth versus expectant management for women with preterm prelabour rupture of membranes prior to 37 weeks’ gestation for improving pregnancy outcome. Cochrane Database Syst Rev. 2017;3(3):CD004735. https://doi.org/10.1002/14651858.CD004735.pub4

Bomba-Opoń D, Drews K, Huras H, Laudański P, Paszkowski T, Wielgoś M. Polish Gynecological Society Recommendations for Labor Induction. Ginekol Pol. 2017;88(4):224-34. http://doi.org/10.5603/GP.a2017.0043

Bertholdt C, Morel O, Dap M, Choserot M, Minebois H. Labor induction in indicated moderate to late preterm birth. J Matern Fetal Neonatal Med. 2020;33(1):157-61. http://doi.org/10.1080/14767058.2018.1487942

Thomson AJ, Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Care of women presenting with suspected preterm prelabour rupture of membranes from 24+0 weeks of gestation. BJOG. 2019;126(9):e152-66. http://doi.org/10.1111/1471-0528.15803

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. Brasília: Ministério da saúde, 2012.

Lee J, Romero R, Kim SM, Chaemsaithong P, Park CW, Park JS, et al. A new anti-microbial combination prolongs the latency period, reduces acute histologic chorioamnionitis as well as funisitis, and improves neonatal outcomes in preterm PROM. J Matern Fetal Neonatal Med. 2016;29(5):707-20. http://doi.org/10.3109/14767058.2015.1020293

Becker DA, Szychowski JM, Kuper SG, Jauk VC, Wang MJ, Harper LM. Labor Curve Analysis of Medically Indicated Early Preterm Induction of Labor. Obstet Gynecol. 2019;134(4):759-64. http://doi.org/10.1097/AOG.0000000000003467

Roberts D, Brown J, Medley N, Dalziel SR. Antenatal corticosteroids for accelerating fetal lung maturation for women at risk of preterm birth. Cochrane Database Syst Rev. 2017;3(3):CD004454. http://doi.org/10.1002/14651858.CD004454.pub3

Abdali F, Taghavi S, Vazifekhah S, Behzad MN, Attari MMA. Effect of progesterone on latent phase prolongation in patients with preterm premature rupture of membranes. Acta Med Iran. 2017;55(12):772-8.

Combs CA, Garite TJ, Maurel K, Abril D, Das A, Clewell W, et al. 17-hydroxyprogesterone caproate for preterm rupture of the membranes: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Am J Obstet Gynecol. 2015;213(3):364.e1-364.e12. http://doi.org/10.1016/j.ajog.2015.05.009

Hösli I, Sperschneider C, Drack G, Zimmermann R, Surbek D, Irion O, et al. Tocolysis for preterm labor: Expert opinion. Arch Gynecol Obstet. 2014;289(4):903-9. http://doi.org/10.1007/s00404-013-3137-9

Nijman TAJ, van Vliet EOG, Naaktgeboren CA, Oude Rengerink K, Lange TS, Bax CJ, et al. Nifedipine versus placebo in the treatment of preterm prelabor rupture of membranes: a randomized controlled trial. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2016;205:79-84. http://.doi.org/10.1016/j.ejogrb.2016.08.024