Estudo epidemiológico das picadas de abelhas no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, de 2015 a 2019

Conteúdo do artigo principal

Januse Míllia Dantas de Araújo
Kaliany Adja Medeiros de Araújo
Renner de Souza Leite

Resumo

Introdução: No Brasil, o acidente por picada de abelha é um problema de saúde pública devido a sua incidência em todas as regiões do país, bem como a gravidade dos casos. Apesar de sua importância médica e sanitária, existem poucos estudos epidemiológicos sobre o tema no Brasil, principalmente nos estados da região Nordeste. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas dos casos de picada de abelha na Paraíba, região Nordeste do Brasil, no período de 2015 a 2019. Métodos: Trata-se de uma investigação epidemiológica descritiva e retrospectiva realizada por meio da recuperação de dados secundários disponibilizados no banco de dados do Sistema de Informação de Notificação de Saúde. Resultados: Um total de 1.151 casos foram analisados. Os casos foram relatados em todos os meses do período de estudo e ocorreram com maior frequência nas regiões do Agreste e Sertão da Paraíba. As vítimas foram predominantemente homens com idade entre 20 e 59 anos. A maioria dos indivíduos recebeu assistência médica dentro de 3 horas após o incidente. Os casos foram classificados principalmente como leves e evoluíram para cura. Conclusão: Na Paraíba, os acidentes por picada de abelha têm aumentado nos últimos anos, principalmente em regiões de clima semiárido. Além disso, este estudo fornece dados que podem ser utilizados para o desenvolvimento de ações educativas em saúde, a fim de promover a prevenção e o controle de agravos nessa região.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Araújo, J. M. D. de, Araújo, K. A. M. de, & Leite, R. de S. (2023). Estudo epidemiológico das picadas de abelhas no Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, de 2015 a 2019: . ABCS Health Sciences, 48, e023224. https://doi.org/10.7322/abcshs.2021083.1816
Seção
Artigos Originais

Referências

Keer WE, Keer E, Keer W. The history of the introduction of African bees in Brazil. South African Bee J. 1967;2(39):33-5.

Mistro DC, Rodrigues LAD, Ferreira Jr WC. The Africanized honey bee dispersal: a mathematical zoom. Bull Mathemat Biol. 2005;67(2):281-312. https://doi.org/10.1016/j.bulm.2004.07.006

Ferreira Jr RS, Almeida RAMB, Barraviera SRCS, Barraviera B. Historical perspective and human consequences of africanized bee stings in the Americas. J Toxicol Environ Health B Crit Rev. 2012;15(2):97-108. https://doi.org/10.1080/10937404.2012.645141

Winston ML. The biology and management of africanized honey bees. Annu Rev. Entomol. 1992;37:173-93. https://doi.org/10.1146/annurev.en.37.010192.001133

Medeiros CR, França FO. Acidentes por abelhas e vespas. In: Cardoso JLC, França FO, Wen FH, Málaque CMS, Haddad V. Animais Peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. 2 ed. São Paulo: Sarvier, 2009; p. 259-67.

Pucca MB, Cerni FA, Oliveira IS, Jenkins TP, Argemí L, Sorensen CV, et al. Bee Updated: Current Knowledge on Bee Venom and Bee Envenoming Therapy. Front Immunol. 2019;10:2090. https://doi.org/10.3389/fimmu.2019.0209

Almeida RA, Olivo TE, Mendes RP, Barraviera SR, Souza LR, Martins JG, et al. Africanized honeybee stings: how to treat them. Rev Soc Bra Med Trop. 2011;44(6):755-61. https://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822011000600020

Chippaux JP. Epidemiology of envenomation by terrestrial venomous animals in Brazil based on case reporting: from obvious facts to contingencies. J Venom Anim Toxins Incl Trop Dis. 2015;21(13):1-17. https://doi.org/10.1186/s40409-015-0011-1

Braga JRM, Souza MMC, Melo IMLA, Faria LEM, Jorge RJB. Epidemiology of accidents involving venomous animals in the State of Ceará, Brazil (2007–2019). Rev Soc Bras Med Trop. 2021;54. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0511-2020

Toledo LFM, Moore DCBC, Caixeta DML, Salú MS, Farias CVB, Azevedo ZMA. Multiple bee stings, multiple organs involved: a case report. Rev Soc Bras Med Trop. 2018;51(4):560-2. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0341-2017

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Saúde. Acidentes por abelha. Available from: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/acidentes-ofidicos/acidentes-por-animais-peconhentos-o-que-fazer-e-como-evitar

Brasil. Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Available from: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/

Mitas L, Mitasova H. Spatial interpolation. In: Longley PA, Goodchild MF, Maguire DJ, Rhind DW. Geographical information systems: principles, techniques, management, and applications. 2rd ed. United States: Wiley, 1999; p. 481-92.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Panorama: Paraíba. Available from: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/panorama

Silva ASA, Menezes RSC, Telesca L, Stosic B, Stosic T. Fisher Shannon analysis of drought/wetness episodes along a rainfall gradient in Northeast Brazil. Int J Climatol. 2020;41(1). https://doi.org/10.1002/joc.6834

Nascimento IRS, Borges PF, Rodrigues ENS, Souza FMS, Cartaxo PHA, Araújo LS, et al. Análise da Teoria da Entropia utilizando dados pluviométricos no Estado da Paraíba. Rev Cient Rural. 2019;21(2):1-15. https://doi.org/10.30945/rcr-v21i2.2746

Marques MRV, Araújo KAM, Tavares AV, Vieira AA, Leite RS. Epidemiology of envenomation by Africanized honeybees in the state of Rio Grande do Norte, Northeastern Brazil. Rev Bras Epidemiol. 2020;23:E.200005. https://doi.org/10.1590/1980-549720200005

Pereira AM, Chaud-Netto J, Bueno OC, Arruda VM. Relationship among Apis melífera L. stings, swarming and climate conditions in the city of Rio Claro, SP, Brazil. J Ven Animals Toxins Includ Tropical Dis. 2010;16(4):647-53. https://doi.org/10.1590/S1678-91992010000400016

Mello MHSH, Silva EA, Natal D. Africanized bees in a metropolitan area of Brazil: shelters and climatic influences. Rev Saude Publica. 2003;37(2):237-41. https://doi.org/10.1590/s0034-89102003000200012

Sousa GS, Alves JE, Ximenes Neto FRG, Braga PET. Epidemiologia e distribuição espacial de acidentes por abelhas no estado do Ceará, 2003 a 2011. SaBios Rev Saude Biol. 2015;10(3):75-86.

Silva DP, Silva CAL, Pinto MSC, Silva KB, Silva RA, Maracajá PB, et al. Diagnosis socioeconomic, environmental and productive of the activity of the bee in the municipalities of the microregion Catolé of the Rocha - PB. Rev Verde Agroecol Desenvolv Sustentável. 2014;9(3):213-22.

Oliveira SK, Trevisol DJ, Parma GC, Ferreira Júnior RS, Barbosa AN, Barraviera B, et al. Honey bee envenoming in Santa Catarina, Brazil, 2007 through 2017: An observational, retrospective cohort study. Rev Soc Bra Med Trop. 2019;52:e20180418. http://dx.doi.org/10.1590/0037-8682-0418-2018

Betten DP, Richardson WH, Tong TC, Clark RF. Massive honey bee envenomation-induced rhabdomyolysis in an adolescent. Pediatrics. 2006;117(1):231-5. https://doi.org/10.1542/peds.2005-1075

Akolly DAE, Guedenon KM, Tsolenyanu E, Bessi LK, Gnamey DK, Atakouma Y. Massive Envenomation by Bees Sting in a Child in Togo. Open J Pediatr. 2016;6(3):232-6. http://dx.doi.org/10.4236/ojped.2016.63032

Diniz AGQ, Belmino JFB, Araújo KAM, Vieira AT, Leite RS. Epidemiology of honeybee sting cases in the state of Ceará, Northeastern Brazil. Rev Inst Med Trop São Paulo. 2016;58(40):1-5. https://doi.org/10.1590/S1678-9946201658040