Como posso ajudar? Sentimentos e experiências do familiar cuidador de pacientes oncológicos

Conteúdo do artigo principal

Tamara Figueiredo
Andréia Pereira da Silva
Rita Mânia Rosa Silva
Juliana de Jesus Silva
Carla Silvana de Oliveira e Silva
Deivite Danilo Ferreira Alcântara
Luís Paulo Souza e Souza
Ana Augusta Maciel de Souza

Resumo

Introdução: O câncer é reconhecido como uma doença familiar, não apenas sob o ponto de vista genético, mas pelo impacto que gera. É uma doença que exige mudanças e reorganização na vida cotidiana, incorporando os familiares nos cuidados que o tratamento exige. Objetivo: Compreender os sentimentos de familiares cuidadores ao enfrentarem o diagnóstico, o tratamento e a evolução do câncer em um ente querido. Métodos: Pesquisa qualitativa, realizada com sete familiares cuidadores de parentes com câncer e em tratamento; no segundo semestre de 2011, em uma unidade de oncologia na cidade de Montes Claros, Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas, que foram gravadas, transcritas e analisadas pela técnica de análise do conteúdo. Resultados: Os familiares demonstraram sentimentos relacionados à mudança de vida, angústias e privações que o tratamento do câncer impõe. Declararam-se cansados, estressados, amedrontados e chorosos, vivendo uma grande oscilação emocional. Porém, na tentativa de superar o sofrimento, os mesmos se atem à religiosidade. Conclusão: O cuidado ao paciente oncológico não deve ser centrado apenas no doente ou na doença, mas na família que o rodeia, requerendo um cuidado humanizado, com apoio físico e psicossocial, proporcionando à família qualidade de vida durante o tratamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Figueiredo, T., Silva, A. P. da, Silva, R. M. R., Silva, J. de J., Silva, C. S. de O. e, Alcântara, D. D. F., Souza, L. P. S. e, & Souza, A. A. M. de. (2017). Como posso ajudar? Sentimentos e experiências do familiar cuidador de pacientes oncológicos. ABCS Health Sciences, 42(1). https://doi.org/10.7322/abcshs.v42i1.947
Seção
Artigos Originais

Referências

Borges ADVS, Silva EF, Toniollo PB, Mazer SM, Valle ERM, Santos MA. Percepção da morte pelo paciente oncológico ao longo do desenvolvimento. Psicol Estud. 2006;11(2):361-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722006000200015

Sales CA, Matos PCB, Mendonça DPR, Marcon SS. Cuidar de um familiar com câncer: o impacto no cotidiano de vida do cuidador. Rev Eletr Enf. 2010;12(4):616-21.

Carvalho CSU. A necessária atenção à família do paciente oncológico. Rev Bras Cancerol. 2008;54(1):87-96. 4. Souza MGG, Santos FHE. O olhar que olha o outro... um estudo com familiares de pessoas em quimioterapia antineoplásica. Rev Bras Cancerol. 2008;54(1):31-41.

Salci MA, Marcon SS. A convivência com o fantasma do câncer. Rev Gaúcha Enferm. 2012;31(1):18-25.

Menezes CNB, Passareli PM, Drude FS, Santos MA. Câncer infantil: organização familiar e doença. Rev Mal-Estar Subjet. 2007;7(1):191-210.

Aquino VV, Zago MMF. The meaning of religious beliefs for a group of cancer patients during rehabilitation. Rev Latino-Am Enferm. 2007;15(1):42-7. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692007000100007

Menossi MJ, Zorzo JCC, Lima RAG. A dialógica vida/morte no cuidado do adolescente com câncer. Rev Latino-Am Enferm. 2012;20(1):126-34. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692012000100017

Silva CAM, Acker JIBV. O cuidado paliativo domiciliar sob a ótica de familiares responsáveis pela pessoa portadora de neoplasia. Rev Bras Enferm. 2007;60(2):1504. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672007000200005

Volpato FS, Santos GRS. Pacientes oncológicos: um olhar sobre as dificuldades vivenciadas pelos familiares cuidadores. Imaginário. 2007;13(14):511-44. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1981-1616.v13i14p511-544

Hayashi VD, Chico E, Ferreira NMLA. Enfermagem de família: um enfoque em oncologia. Rev Enferm UERJ. 2006;14(1):13-20.

Barreto TS, Amorim RC. A família frente ao adoecer e ao tratamento de um familiar com câncer. Rev Enferm UERJ. 2010;18(3):462-7.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2009.

Venâncio JL. Importância da atuação do psicólogo no tratamento de mulheres com câncer de mama. Rev Bras Cancerol. 2004;50(1):55-63.

Pereira LL, Dias ACG. O familiar cuidador do paciente terminal: o processo de despedida no contexto hospitalar. Psicol. 2007;38(1):55-65.

Inocenti A, Rodrigues IG, Miasso AI. Vivências e sentimentos do cuidador familiar do paciente oncológico em cuidados paliativos. Rev Eletr Enferm. 2009;11(4):858-65.

Sanchez KOL, Ferreira NMLA, Dupas G, Costa DB. Apoio social à família do paciente com câncer: identificando caminhos e direções. Rev Bras Enferm. 2010;63(2):290-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672010000200019

Silva DIS. Significados e práticas da espiritualidade no contexto dos cuidados paliativos em pacientes oncológicos adultos. Rev HCPA. 2011;31(3):353-8.

Ferreira NML, Dupas G, Costa DB, Sanchez KOL. Câncer e família: compreendendo os significados simbólicos. Ciên Cuid Saúde. 2010;9(2):269-77. http://dx.doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v9i2.8749

Selli L. Dor e sofrimento na tessitura da vida. O Mundo da Saúde. 2007;31(2):297-300.

Visoná F, Prevedello M, Souza EM. Câncer na família: percepções de familiares. Rev Enferm UFSM. 2012;2(1):145-55. http://dx.doi.org/10.5902/217976923943